Eu aprendi a dizer Adeus, mas nunca aceitei de fato esse momento.
Infelizmente, sou forçada a aceitar, porque faz parte e é necessário na vida. Mas há momentos em que eu gostaria de que isso não fosse possível e nem necessário, momentos que eu queria ter o poder e controle sobre o tempo, as pessoas, as situações e os sentimentos.
Uma sensação de vazio iminente toma conta da gente e o coração parece ser congelado com a intensidade de sentimentos que nos invadem.
Eu já disse muitos "ADEUS" e apesar de me fazer de forte, todos, todos mesmo, tiveram efeitos avassaladores sobre mim. Aprendi que crescer e amadurecer implicar em dizer Adeus a várias coisas e pessoas.
Mas existem pessoas que gostaríamos que caminhassem junto conosco a longa e estreita estrada da vida.
Sou uma pessoa assim, intensa, sinto tudo com muita intensidade, apesar de muitas vezes não demonstrar, qualidade que admiro em mim, sei esconder o que sinto, quando quero, mas quando me vejo sozinha, a avalanche de sentimentos não deixa sobreviventes, todo o meu corpo demonstra a dor que suportei em público prá não chorar e me tortura impiedosamente.
Algumas vezes eu posso parecer fria, mas você não pode saber o que se passa dentro de mim, porque eu não gosto de me parecer fraca, mesmo dizendo isso agora, eu detesto admitir uma fraqueza. Quem sabe, um dia eu aprenda a administrar melhor esse sentimento que me faz fingir sentir o que não sinto, ou simplesmente fingir que não sinto, apenas pelo fato de que detesto parecer fraca e indefesa.
É mais como a voz dos meus pensamentos. Minhas inconformidades, meus sonhos, desamores, alegrias e tristezas. São aqueles momentos de solidão no escuro do quarto, quando tudo o que você quer é que o mundo fosse um lugar diferente do que é, que as pessoas pensassem e agissem no coletivo e não no singular, que a prioridade fosse DAR e não RECEBER, que a lágrima fosse de alegria e não de dor. Pare o Mundo Que Eu Quero Descer é mais um grito, o meu grito de dor no silêncio escuro do meu quarto...
Nenhum comentário:
Postar um comentário