Passei tempos, sim, dediquei sorrisos,
foram dias e dias cultivando, procurando, acreditando.
Achava que seria bom, seria diferente,
Eram cores diferentes em meu arco-íris da vida,
era um sorriso que cativava e eu acreditei.
Achei que eu poderia acreditar novamente
que seria possível uma humanidade melhor.
Mas eu senti o chão faltar sob meus pés.
E o que eu acreditava ser possível, mesmo com um duro trabalho,
mesmo com árdua dedicação, mesmo com o orgulho recolhido.
Uma frase coloca por terra todas as carícias alegres
que eu imaginava na humanidade.
Um frase desferida contra meu peito
e me faz sentir os olhos negros da decepção.
É como ter o ar roubado dos pulmões,
é como ter os olhos agredidos
pela imagem de uma máscara que cai.
É como ter as esperanças de uma raça melhor, de um mundo melhor
desfeito por um tiro de canhão.
Não existe mais sonho.
Agora o que resta é a realidade e a esperança perdida.
Voce quebrou o elo que eu tinha com a humanidade.
E o que eu achava belo, não passava de uma pérola barata.
A porta de teu porão foi aberta,
e por ela o que passou ainda me esmaga o coração.
É mais como a voz dos meus pensamentos. Minhas inconformidades, meus sonhos, desamores, alegrias e tristezas. São aqueles momentos de solidão no escuro do quarto, quando tudo o que você quer é que o mundo fosse um lugar diferente do que é, que as pessoas pensassem e agissem no coletivo e não no singular, que a prioridade fosse DAR e não RECEBER, que a lágrima fosse de alegria e não de dor. Pare o Mundo Que Eu Quero Descer é mais um grito, o meu grito de dor no silêncio escuro do meu quarto...
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