Fiquei parada lá,
desde os primeiros pingos, até as águas torrenciais.
Fiquei parada lá,
aguardando seu vulto surgir a qualquer momento.
Fiquei parada lá,
por muito tempo aguardando, esperando um sinal.
Fiquei parada lá,
sentindo minhas esperanças irem minguando.
Fiquei parada lá,
e vi, o quão inútil seria permanecer sob a água fria
que descia sem piedade do alto atingindo o baixo.
Já não sabia se era chuva ou era lágrima.
Mas sentia o quão iludida eu permanecia.
Me lavei, lavei a esperança, enxurrei os sentimentos.
Então tive a certeza de que você não mais surgiria.
Nunca mais!
Parada lá, não mais fiquei!
É mais como a voz dos meus pensamentos. Minhas inconformidades, meus sonhos, desamores, alegrias e tristezas. São aqueles momentos de solidão no escuro do quarto, quando tudo o que você quer é que o mundo fosse um lugar diferente do que é, que as pessoas pensassem e agissem no coletivo e não no singular, que a prioridade fosse DAR e não RECEBER, que a lágrima fosse de alegria e não de dor. Pare o Mundo Que Eu Quero Descer é mais um grito, o meu grito de dor no silêncio escuro do meu quarto...
Nenhum comentário:
Postar um comentário