domingo, 15 de abril de 2012

Delicadeza

(Foto by Caramelado - Renata Denipoti)


Houve momentos em que eu preferi me calar e reprimir o que sentia, porque no passado, fui tachada de louca, maníaca depressiva, apenas por não ter tido a compreensão de que o momento pedia. A delicadeza que minha alma pedia e precisava, não foi interpretada e meus sentimentos foram banalizados e antes da tentativa de compreensão veio a mão impaciente e a pedra pronta para o golpe. 
Enfim, tudo passa, tudo se transforma e nossos passos devem continuar seguindo as vias que nem sempre escolhemos trilhar. Hoje, represo alguns sentimentos, não por medo de críticas, pois as críticas sempre existirão, boas ou más, elas continuaram ali, atentas, prontas para se manifestarem, mas represo por preservação, porque aprendi a me preservar daquilo que não me atribui nada de bom. Aprendi que a perda pode nos fortalecer e nos fazer crescer mesmo na dor.
E como a mais suave brisa tem o poder de levar as sementes aos mais remotos cantos do mundo e distante de nós fazer germinar a semente pronta para a vida, o tempo faz nascer em nós a sabedoria para curar as feridas. 

Um comentário:

  1. Caramba! Como vc escreve bonito! A forma com que se expõe e expõe fatos da vida se torna poético. Fiquei um bom tempo lendo algumas coisas escrita por vc e me senti envolvida e nem notei o tempo passar. Foi até uma leitura esclarecedora. Por favor, continue escrevendo, porque mesmo se eu não comentar os posts, com certeza continuarei lendo.

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