Quando fixo meu olhar
no fundo dos olhos teus,
sinto como se minha alma quisesse me abandonar.
Não atino esse encanto nefasto
que exerce sobre mim,
que me faz amar-te e odiar-te.
Que não permite que o tenha
longe de meus pensamentos
e nem concede que me afaste de ti.
Levo um sentimento duplo,
vivo uma vida dupla,
tenho um amor duplo.
Tenho o céu a me jubilar
e o inferno a me torturar.
Do pecado que vivo em dobro
não quero perdão.
Nem compartilho a separação,
Vivemos então assim, os três,
como sendo sempre dois
em perfeita união.
É mais como a voz dos meus pensamentos. Minhas inconformidades, meus sonhos, desamores, alegrias e tristezas. São aqueles momentos de solidão no escuro do quarto, quando tudo o que você quer é que o mundo fosse um lugar diferente do que é, que as pessoas pensassem e agissem no coletivo e não no singular, que a prioridade fosse DAR e não RECEBER, que a lágrima fosse de alegria e não de dor. Pare o Mundo Que Eu Quero Descer é mais um grito, o meu grito de dor no silêncio escuro do meu quarto...
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