terça-feira, 20 de setembro de 2011

Nossa Ignorância Diária

Enquanto eu estava na enfermaria tirando os cacos de vidro da mão, a dor me fazia pensar em outras dores, confesso que nem sentia mais a enfermeira cutucar os cortes da mão atrás de mais pedaços de vidro, minha mente estava distante daquele momento. Como é que podemos, de uma hora para outra, deixar que maus entendidos ou palavras rudes nos magoem ao ponto de nos fazer afastar das pessoas que estimamos? E então fica aquela coisa infantil... se Fulano não falar comigo eu é que não falo com Fulano. Se Cicrano quer assim , que assim seja, Cicrano é infantil e me magoou. (quem tá sendo infantil nisso?). Se Beltrano acha que vai me fazer falta, está muito enganado, que Beltrano morra. Beltrano não significou nada? O que proferimos num momento de raiva, dor, mágoa, despeito, stress e muitas vezes nem temos coragem de arrumar o que num momento súbito deixamos morrer, ou demos início à morte de um amor, uma amizade, uma irmandade?
Falamos tanto em consertar o mundo, as pessoas e atitudes e não temos a boa iniciativa de dar o primeiro passo para reparar nossos próprios erros. Como iremos assim melhorar esse mundo se não temos a coragem de melhorar nossa própria visão? Vamos continuar escondendo nossas sujeiras e apontando a dos outros?
Deixamos nosso orgulho sempre falar mais alto, enquanto apontamos os erros, as falhas de outras pessoas e as atitudes que não nos agradaram serem os alvos de nosso ego ferido.
Sabe, a dor física é muito mais fácil de superar.

Um comentário:

  1. Medo! O medo de não corresponder as expectativas nos fazem desistir antes mesmo de darmos o primeiro passo. Orgulho, nos fere tanto que julgamos que o outro não merece nossa atenção.
    Despeito, é o maior inimigo para nos fazer tornarmos cada vez mais egoístas.

    ResponderExcluir