É engraçado como às vezes, o nosso isolamento, o nosso VOLTAR-SE PARA DENTRO, pode passar para outras pessoas sensações e impressões equivocadas. Um amigo me indagou se havia feito algo que pudesse ter me magoado, como outras pessoas me indagaram sobre o meu comportamento distante e AUTOMÁTICO.
Nada houve de errado comigo e essas pessoas que me indagaram isso, o que acontece comigo é que estou precisando me auto analisar e avaliar esse turbilhão de emoções e revelações que resolveram me bombardear de uma vez. Há envolvimento de algumas pessoas sim, mas não são essas que me disseram que eu estava diferente.
As vezes nos sentimos frágil sem explicação ou motivo aparente, não sabemos dizer com certeza e nem conseguimos ver nenhuma diferença em nós, a não ser a necessidade de se ouvir o que diz o coração, a não ser a vontade de abraçar alguém e ficar assim, abraçados, sem nada dizer, só sentindo o calor do outro aquecendo o espírito da gente e nos confortando com sua presença. Prá todos vocês que me disseram que eu estou diferente, eu lhes digo que não, eu sou ainda a mesma, só me sinto frágil, sensível, emotiva. Precisando e querendo apenas um pouquinho de carinho, um abraço, um afago e o vento.
É mais como a voz dos meus pensamentos. Minhas inconformidades, meus sonhos, desamores, alegrias e tristezas. São aqueles momentos de solidão no escuro do quarto, quando tudo o que você quer é que o mundo fosse um lugar diferente do que é, que as pessoas pensassem e agissem no coletivo e não no singular, que a prioridade fosse DAR e não RECEBER, que a lágrima fosse de alegria e não de dor. Pare o Mundo Que Eu Quero Descer é mais um grito, o meu grito de dor no silêncio escuro do meu quarto...
Acho que tenho que concordar que é muito fácil passarmos uma impressão errada aos que nos rodeiam, mas difícil é admtir que existe sim algo de errado e diferente, porque não se quer admitir que algo mudou.
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