Não sei como dizer e o que dizer disto tudo que me fazes sentir. Não te sinto real, não te sinto humano, és para mim algo sagrado, adorável, enigmático, encantador.
Não fazes parte do meu mundo, e ao mesmo tempo, e inteiramente estranho, és imperador do meu reino.
A tua voz, melodia que me encanta, me enlaça e transporta para lugares distantes de mim, de tudo o que conheço.
Teus olhos, portais de tua alma, singela, perfeita, dócil, carinhosa e tão contrária em tempos.
Tua pele, teu cheiro, teu jeito, tudo, tudo me fascina, me seduz, me faz querer nunca acordar dos sonhos e devaneios que me provocas.
Teus cabelos, fios de seda brilhante, perfumados, ora curtos ora longos, mas sempre magníficos.
Teu corpo, oráculo misterioso, templo da perfeição, de adoração. Retiro onde me encontro e me perco. Fonte de prazer, onde bebo e sacio minha sede do desejo de você.
Tua linguagem tão complexa e tão encantadora aos meus ouvidos. Criatura perfeita, adorável que assombra minhas noites com tua perfeição.
Não posso negar, não existe negação em mim ao vislumbrar a ti.
Todo o meu ser, cada partícula que me forma, cada átomo de mim vive e experiência sensações inigualáveis apenas ao vislumbrar-lhe, meu corpo vibra na sintonia que reconheço, que delicio, mas que por medo quero negar, mas não posso fugir.
Está no meu sangue, feito linhagem, feito DNA, feito pacto ou vida distante, passada, além vida.
Tatuado em mim, no sangue, no peito, no coração, na alma... prá sempre.
... eu tenho tanto prá dizer e tão pouco espaço! ...
É mais como a voz dos meus pensamentos. Minhas inconformidades, meus sonhos, desamores, alegrias e tristezas. São aqueles momentos de solidão no escuro do quarto, quando tudo o que você quer é que o mundo fosse um lugar diferente do que é, que as pessoas pensassem e agissem no coletivo e não no singular, que a prioridade fosse DAR e não RECEBER, que a lágrima fosse de alegria e não de dor. Pare o Mundo Que Eu Quero Descer é mais um grito, o meu grito de dor no silêncio escuro do meu quarto...
Eu sempre soube deste teu encanto. E me sinto até privilegiado também com ele.Uma declaração à minha hereditariedade? Obrigado!
ResponderExcluirAcho também que em alguma vida passada, se é que existe isso, v. era japonesa, porque v. se identifica e se expressa de uma forma muito ligada à minha raça.
ResponderExcluirMas acho que as vezes v. exagera nessa sua visão perfeita ;)