Por que quando sentimos dor, angústia, medo, e até mesmo alegria intensa, choramos?
Não nos bastava um grito para dissipar os sentimentos que sufocam? Por que ainda temos que verter lágrimas de intensa dor? E o que dizer das lágrimas de extrema alegria e euforia?
O que são exatamente as lágrimas? Nossa alma se expondo através de nossos olhos? Mecanismo automático de uma tentativa de controle emocional? Válvula de escape sentimental? Símbolo máximo de nossa essência humana? O que nos diferencia das máquinas criadas a nossa forma e semelhança e quase dotadas de almas geradas em programas?
O que são nossas lágrimas? O que elas nos representam? A nossa paixão pela vida ou nossa insatisfação pelas injustiças encontradas no mundo?
Por que às vezes no escuro do quarto, nos destilamos em lágrimas que são as confidências de nossa incapacidade de admitir aos outros com palavras, o que sentimos, o que escondemos, o que desejamos? São a prova de nossa covardia emocional e fragilidade?
Ou seria força? Força e coragem em se expor tão intimamente e sensivelmente?
Jóias de sensibilidade humana, muitas vezes incompreendidas em sua mágica aparição.
... Ainda me pergunto... por que as lágrimas?
É mais como a voz dos meus pensamentos. Minhas inconformidades, meus sonhos, desamores, alegrias e tristezas. São aqueles momentos de solidão no escuro do quarto, quando tudo o que você quer é que o mundo fosse um lugar diferente do que é, que as pessoas pensassem e agissem no coletivo e não no singular, que a prioridade fosse DAR e não RECEBER, que a lágrima fosse de alegria e não de dor. Pare o Mundo Que Eu Quero Descer é mais um grito, o meu grito de dor no silêncio escuro do meu quarto...
porque às vezes palavras e gestos não são suficientes prá expressar o que sentimos.
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